A Polícia Civil colheu, nesta quarta-feira (3), o depoimento de uma testemunha no caso da família de Olímpia que foi encontrada morta em um canavial de Votuporanga. O depoimento aponta para o envolvimento de Anderson Marinho, de 35 anos, em atividades relacionadas ao tráfico de drogas. Ele estaria levando drogas quando ele e a sua esposa e filha foram emboscados.

Marinho, junto com sua esposa, Mirele Tofalete, de 32 anos, e a filha, Isabelly, de 15 anos, desapareceram na quinta-feira (28) e foram posteriormente encontrados mortos.

Os corpos da família foram localizados após quatro dias de desaparecimento, apresentando marcas de tiros. A descoberta ocorreu em uma estrada de terra que corta o canavial onde foram achados. O veículo da família, também localizado no local, exibia sinais de disparos de arma de fogo. Marinho foi encontrado fora do carro, enquanto Mirele e Isabelly estavam no interior do veículo.

Durante a investigação, a polícia encontrou munições intactas e cartuchos deflagrados de calibre 9 milímetros no local do crime. Além disso, foi registrada uma ligação não concluída para o número de emergência da Polícia Militar (190) do celular de Isabelly, momentos antes do desaparecimento da família.

O delegado Seccional em exercício em Votuporanga, Everson Contelli, destacou a complexidade da investigação e a necessidade de laudos periciais, que devem demorar aproximadamente 10 dias para serem concluídos. Os laudos são essenciais para estabelecer a cronologia dos eventos.

Contelli também mencionou que Marinho havia recebido ameaças de morte anteriormente e possuía antecedentes criminais relacionados ao tráfico de drogas.

A polícia não deu detalhes sobre o conteúdo da droga que Marinho estaria levando para não atrapalhar a investigação, mas informou que o homem, ouvido na condição de testemunha, é suspeito de envolvimento com o tráfico.

A investigação prossegue com a análise de câmeras de segurança, coleta de depoimentos e outras diligências para esclarecer as circunstâncias do crime.