Diagnosticar precocemente doenças congênitas do coração em recém-nascidos é o objetivo de uma proposta que acaba de ser protocolado na Câmara dos Deputados. O projeto 1918/2022, de autoria do deputado federal, Geninho Zuliani, visa tornar obrigatório em todos os estabelecimentos de saúde, públicos e particulares a Oxiometria de Pulso, também conhecido como ‘Teste do Coraçãozinho’.

O exame deverá ser realizado nos membros superiores e inferiores dos recém-nascidos, ainda no berçário e após as primeiras 24 horas de vida da criança, antes da alta hospitalar, e prevê ainda a anotação do resultado no prontuário médico do recém-nascido a realização do exame, mencionando data e resultado obtido.

“Esse exame é indolor e rápido. Os recém-nascidos passam pela análise da saturação do oxigênio no sangue, se for detectado oxigênio abaixo de 95%, é realizado ecocardiograma para investigar a existência de possível cardiopatia congênita”, afirma o deputado federal, Geninho Zuliani.

Por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 130 milhões de crianças nascidas vivas em todo o mundo, possuem algum tipo de cardiopatia congênita. No Brasil, entre oito e 10 crianças são acometidas por doenças do coração.
O projeto segue agora para análise das comissões internas da Câmara dos Deputados.

NO ESTADO DE SP JÁ É

Lei 15.302/2014, que torna obrigatória a medição de oxigênio no sangue dos recém-nascidos no Estado de São Paulo, mais conhecida como Teste do Coraçãozinho, completa oito anos no dia 12 de janeiro deste ano.

O exame, que é feito nos berçários das maternidades de forma descomplicada, rápida e indolor, é realizado entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar. Crianças com idade a partir de 34 semanas também precisam fazer o teste, mesmo as que aparentam estar saudáveis, pois o teste serve para verificar se o coração do bebê está funcionando corretamente.