DA REDAÇÃO — Na noite desta segunda-feira (24), a Câmara Municipal de Olímpia aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei Complementar que autoriza o porte de arma de fogo pela Guarda Civil Municipal. A proposta altera a Lei Complementar nº 213, de 2018, e formaliza a estrutura armada da corporação, que já atua com armamento mediante decisões judiciais.
A aprovação ocorre após articulações do prefeito eleito Geninho Zuliani junto à Secretaria de Segurança Pública do Estado, chefiada por Guilherme Derrite, que resultaram na obtenção de 58 pistolas 9mm já entregues ao município. O armamento foi complementado por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Delegado da Cunha, após reunião em São Paulo, garantindo ainda uma espingarda calibre 12, um fuzil 5.56 e mais 12 pistolas 9mm. Com isso, a GCM contará com um total de 70 pistolas.
Segundo o secretário municipal de Segurança, Trânsito e Mobilidade Urbana, tenente coronel Zoppellari, a mudança na lei atende à necessidade de regulamentação legal, dando respaldo jurídico ao uso de armamento letal já realizado por cerca de 80% da corporação. “O projeto não cria nada novo, apenas regulariza o que já existe, dentro das normas municipais”, afirmou.
Zoppellari também destacou o rigor exigido para que um agente porte arma: curso com carga mínima de 100 horas, 280 disparos em treinamento e avaliação psicológica feita por profissionais credenciados pela Polícia Federal. A autorização individual dependerá da aptidão comprovada do guarda, que será submetido a reavaliações periódicas e treinamentos anuais.
Além disso, a medida integra um plano mais amplo de modernização da segurança em Olímpia, que prevê a expansão do videomonitoramento urbano e a implementação da Muralha Eletrônica, tecnologia capaz de identificar veículos suspeitos e, futuramente, realizar reconhecimento facial.
O armamento adicional deve chegar à cidade até o fim deste ano ou no primeiro semestre de 2026.