O Ministério Público do Estado de São Paulo recebeu, nesta sexta-feira, 18, um pedido para barrar o evento de Carnaval “Bloquim”, previsto para acontecer entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março, no Parque do Peão de Barretos, com expectativa de receber 25 mil pessoas de todo o País, por dia, em um espaço com capacidade para 140 mil foliões, considerando a capacidade permitida. Por Arthur Pazzin / Diário da Região de Rio Preto

A representação foi apresentada pelo morador do município, Carlos César Gonçalves, que é presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) local e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barretos, ao Procurador-Geral de Justiça do Estado Mario Sarrubbo.

No documento, Gonçalves alega que o evento “pode prejudicar o funcionamento do sistema de saúde da cidade e região como um todo” e se vale do quadro atual da pandemia do coronavírus, dizendo que o “evento em específico tem gerado grande preocupação, não só por parte da Associação, mas também de grande parcela dos munícipes da região”.

De acordo com ele, a festa, que está em sua segunda edição, contará com mais de 100 atléticas universitárias de todo o País “com 46h com bebidas à vontade para os participantes, marcado por aglomerações e um grande número de pessoas alcoolizadas”, sendo “que muitos ficarão acampados em barracas no próprio local do evento, aumentando ainda mais o poder de transmissibilidade pandêmica”.

Segundo o homem, a situação contraria todas as indicações da OMS frente ao combate à Covid. Ele lembrou, ainda, que Barretos é sede e do Departamento Regional da Saúde V (DRS V), atendendo, assim, não somente sua população local, como também pacientes de pelo menos 16 cidades vizinhas.

“Com isso, o preocupante crescimento do número de casos não pode ser ignorado pelas autoridades, visto que, caso não haja leitos suficientes para atender a população, Barretos não será a única cidade afetada”, alegou Gonçalves, que citou sobrecarga atualmente no sistema de saúde local.

A reportagem procurou a organização do Bloquim, que disse que não irá se manifestar sobre o caso.