Na quarta-feira, dia 20 de novembro, foi celebrado o Dia da Consciência Negra e a Estância Turística de Olímpia contou com uma programação especial para marcar a data.

A ação, denominada de “Projeto Afros-Já”, foi uma iniciativa da Escola Estadual Alzira Tonelli Zacarelli, com a coordenação da professora Sylvia da Matta e supervisão da diretora, Eliana Bertoncello, e apoio da Prefeitura, por meio das secretarias de Assistência Social e Turismo, Cultura, Esportes e Lazer.

As atividades começaram na terça-feira, dia 19, com duas oficinas, uma de danças africanas, na Casa da Cultura, e outra de produção de turbantes africanos, no CRAS I, no bairro Santa Ifigênia. Ambas foram ministradas pela estilista Nyna Koxta, natural de Guiné-Bissau, que reside no Brasil desde 2012. Ela é formada em Modelagem, Corte e Costura; e Empreendedorismo Social e de Negócio.

Na quarta-feira, dia 20, teve peregrinação nas escolas do município. Já na parte da noite, o encerramento foi marcado por uma cerimônia especial realizada na Câmara Municipal.

A noite teve início como homenagens a personalidades que contribuem para a preservação da cultura afro-descendente: Magnólia Valério, fundadora da Associação Liberdade e Expressão Afro-Olimpiense-ALEAO; Capitão José Ferreira e sua esposa, Edna, fundadores do Grupo Folclórico Congada Chapéu de Fitas; e Edward Marques da Silva (Wadão), professor, compositor, músico e poeta.

Terminadas as homenagens, cinco apresentações artísticas encantaram o público presente. O grupo de capoeira da escola Alzira abriu as apresentações, seguido do Grupo Frutos da Terra, participação de alunos da APAE, Grupo de Dança  “Sou da Paz”, dirigido pela bailarina Joyce Santos, e Grupo Na Batida (Bate-Latas), coordenado pelo músico Gilson Brender. Na sequência, foi realizado um desfile com a coleção de roupas e turbantes de Nyna Koxta, que encantou o público e encerrou a programação em comemoração ao Dia da Consciência Negra.

“Preço da incessante luta étnica, feita com resignação e resiliência, no sentido de aceitação no desenvolvimento da igualdade e cidadania, o Dia da Consciência Negra foi intitulado oficialmente por Lei em 2011. A luta ainda existe em busca de oportunidades e do fim do racismo presentes nos detalhes do cotidiano. Por isso, o Dia da Consciência Negra é o momento no qual podemos tomar consciência do racismo que nos cerca (sem vitimização) e posicionarmos por mudanças e um país mais justo”, declarou o secretário Dr. Selim Murad.

ATIVIDADE NAS ESCOLAS

O Dia da Consciência Negra também foi celebrado nas escolas do município. Uma delas foi a EMEB Jardim Hélio Cazarini, que realizou a culminância do Projeto de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

Desenvolvido nas escolas de período complementar do município, o projeto tem o principal objetivo de fazer com os que os alunos reconheçam a contribuição dessas etnias na formação do país e, assim, possam adquirir o respeito e ter conscientização em relação à tolerância, preconceito, discriminação.

Segundo o professor Wadão Marques, coordenador técnico-pedagógico, para alcançar esses objetivos, o projeto trabalha diversas atividades, como leitura, produção de texto, artes visuais, pintura, grafismo, música, dança, artesanato, entre outros.

Na culminância, os alunos apresentaram todos os trabalhos desenvolvidos durante o ano para as famílias e a comunidade.