O prefeito de Olímpia, Fernando Cunha, concedeu na manhã deste sábado (23) uma entrevista ao programa “A Verdade em Tempo Real”, na Diário FM, do Grupo Monteiro de Barros, de Barretos, abordando uma série de temas relevantes para a cidade e região. Abaixo algumas informações da entrevista completa que você pode ver e assistir logo abaixo. Fotos Jânio Munhoz / O Diário de Barretos / e Leonardo Concon

Janio Munhoz / O Diário de Barretos

A entrevista contou com a participação dos entrevistadores Luiz Otávio (Tatá), Marcelo Monteiro de Barros e a jornalista Luciana Gomes. Confira aqui a entrevista completa:

Prêmio de melhor gestão: ‘não foi comprado’

Os jornalistas logo quiseram saber de recente prêmio conquistado por Fernando Cunha em gestão durante o Congresso dos Municípios, em Campo do Jordão, reconhecendo os esforços e a eficácia de sua administração. “É um prêmio que não é comprado. É baseado em indicadores que nós mesmos alimentamos no sistema federal de informações”, destacou o prefeito.

A premiação reflete o sucesso de uma administração que busca constantemente otimizar recursos, melhorar serviços públicos e promover o bem-estar da comunidade. “Este reconhecimento é resultado do esforço coletivo de toda a equipe da prefeitura e dos vereadores de Olímpia. Juntos, estamos construindo uma cidade melhor para todos,” afirmou Cunha.

Cunha também destacou a importância de uma gestão focada em resultados e na resposta às necessidades da população. “Nosso objetivo sempre foi fazer mais com menos, garantindo que cada decisão tome como base o interesse dos cidadãos de Olímpia. Este prêmio é um lembrete de que estamos no caminho certo,” concluiu o prefeito.

Questionado sobre os pilares de sua gestão, Cunha enfatizou a importância da transparência, legalidade e gerenciamento eficaz de equipe. Ele também ressaltou a prática do acolhimento na saúde como fundamental. “São conceitos que apliquei: tolerância zero com qualquer tipo de ilegalidade ou desvio e transparência total”, afirmou.

A “Orlando Brasileira’ regional

“O turismo é o motor da nossa economia, e estamos comprometidos em tornar Olímpia um destino ainda mais atraente,” afirmou Cunha. “Estamos trabalhando para atrair novos investimentos que nos permitam oferecer uma experiência turística de qualidade superior, com mais opções de lazer e entretenimento para todas as idades.”

O prefeito Fernando Cunha defende que a região pode ser considerada a “Orlando brasileira” e não somente Olímpia. “Eu acredito na união de Barretos, Icém, Guaraci e outras cidades com suas peculiaridades”, disse. “Olímpia é o embrião do turismo, mas Barretos tem que embarcar nessa onda, a questão não é ser competitivo, mas complementar”, acrescentou.

O prefeito vê um futuro promissor para Olímpia, não apenas como um destino de lazer, mas como um exemplo de desenvolvimento sustentável no turismo. “Nossa meta é que Olímpia se torne referência nacional em turismo sustentável, equilibrando crescimento econômico com conservação ambiental e qualidade de vida para nossa comunidade.”

Sem ‘papas’: ‘Prefiro Rio Preto a Barretos’

Cunha comentou sobre a regionalização administrativa, expressando uma preferência pela vinculação de Olímpia à região metropolitana de São José do Rio Preto em detrimento de Barretos, pela maior afinidade e benefícios administrativos.

A decisão de Olímpia em ser acolhida pela então nova Região Metropolitana de São José do Rio Preto, em detrimento da associação tradicional com Barretos, foi mais uma vez ‘cobrada’ nesse programa (Fernando já esteve no programa em 2021 e repetiu o que havia dito na ocasião).

“Nossa ligação com São José do Rio Preto é umbilical, tanto no aspecto social quanto econômico. A regionalização para Rio Preto nos oferece uma perspectiva de crescimento e de influência que Barretos, infelizmente, não conseguia suprir,” explicou o prefeito. A jornalista Luciana Gomes disse que o prefeito não tinha qualquer constrangimento em declinar essa preferência em um programa barretense.

O prefeito Fernando Cunha destacou que, apesar das dificuldades iniciais, a decisão pela regionalização foi pensada como um investimento no futuro de Olímpia, buscando não apenas a melhoria imediata em serviços e infraestrutura, mas também uma posição de destaque no cenário estadual e nacional. “Esta é uma estratégia de longo prazo, que visa fortalecer Olímpia em todas as frentes, assegurando um futuro próspero para nossa cidade e para nossos cidadãos,” concluiu Cunha.

A mudança gerou reações mistas entre os moradores e lideranças de Barretos, mas o prefeito de Olímpia permanece firme em sua convicção de que a regionalização é o caminho certo para o desenvolvimento sustentável da cidade, reiterando seu compromisso com a transparência e com a busca por resultados que beneficiem toda a comunidade.

Aeroporto: Por que não em Rio Preto ou Barretos?

“Estamos dando um passo gigantesco para o futuro. Este aeroporto será uma porta de entrada para visitantes de todo o Brasil e da América Latina, além de um catalisador para negócios e oportunidades na região,” explicou o prefeito ao se referir ao projeto do novo aeroporto regional sediado em Olímpia e que, segundo ele, tem data para ser inaugurado: em 2026.

Questionado da escolha por Olímpia, ao invés de aproveitar os aeroportos de Rio Preto e Barretos, Fernando Cunha foi cirúrgico: “Quando assumi o cargo, uma das primeiras ações foi solicitar um estudo sobre a viabilidade de um aeroporto em Olímpia, contrastando com as opções de utilizar as estruturas existentes em Rio Preto ou Barretos. A necessidade surgiu da observação direta das demandas turísticas e da capacidade hoteleira de Olímpia. Um consultor foi contratado para analisar tanto a demanda potencial quanto a infraestrutura aeroportuária necessária. A análise baseou-se na premissa de que cada leito hoteleiro, para ser sustentável, precisa de uma ocupação mínima de 50%, o que se traduziria em aproximadamente 200 visitantes por ano, por leito. Projetando os números de leitos existentes, em construção e planejados, estabelecemos uma previsão de visitantes para a cidade”.

Segundo Fernando, o estudo também investigou a origem dos visitantes, identificando uma lacuna significativa de mercados emissores importantes, como Belo Horizonte e Brasília, cujas populações não estavam chegando a Olímpia predominantemente devido à inacessibilidade.

“A avaliação das infraestruturas de Rio Preto e Barretos revelou limitações significativas. Rio Preto, por exemplo, apresentava restrições técnicas que impediam a expansão adequada para atender nossas necessidades, particularmente em termos de capacidade de pista para acomodar voos diretos de centros urbanos maiores e voos internacionais. Barretos, por outro lado, foi considerado inadequado devido à sua demanda específica e posição geográfica em relação aos fluxos turísticos identificados para Olímpia”, explicou o prefeito.

E, arrematou: “Portanto, a decisão de desenvolver um novo aeroporto em Olímpia não foi apenas uma escolha estratégica para impulsionar o turismo e a economia local, mas também uma resposta às limitações e desafios apresentados pelas opções existentes, marcando um passo ambicioso em direção ao futuro planejado para nossa cidade”.

“Nosso objetivo é proporcionar uma experiência completa aos turistas, desde o momento de sua chegada até sua partida,” disse Cunha. Além de beneficiar o turismo, o aeroporto tem o potencial de transformar a região em um importante hub logístico”, disse.

O prefeito Fernando Cunha também abordou os desafios enfrentados no caminho para tornar o projeto uma realidade, desde questões técnicas e ambientais até a obtenção de financiamento e apoio governamental. “Conseguimos superar muitos obstáculos graças ao diálogo constante com a comunidade, especialistas e representantes dos governos estadual e federal. Estamos trabalhando arduamente para que o aeroporto seja um modelo de eficiência, segurança e sustentabilidade,” afirmou Cunha.

As expectativas para a conclusão e operação do novo aeroporto são altas, tanto por parte da administração municipal quanto da população e dos empresários locais. “Este é um projeto que transcende mandatos. É um legado que deixaremos para Olímpia e para as futuras gerações,” refletiu o prefeito.

Com a construção do novo aeroporto, Olímpia se prepara para um salto qualitativo em sua oferta turística e capacidade econômica, projetando-se como um destino ainda mais atraente no cenário nacional e internacional, além de se posicionar estrategicamente no mapa logístico do Brasil.

A Área Azul Digital também em foco

Durante a entrevista ao programa “A Verdade em Tempo Real”, Cunha discutiu diversas iniciativas e desafios da cidade, abrangendo desde a expansão turística até a implementação de um novo sistema de Zona Azul digital.

A transição para o sistema digital não tem sido livre de desafios. Alguns cidadãos expressaram dificuldades em adaptar-se à nova tecnologia, enquanto outros questionam a escolha de áreas abrangidas pelo serviço. “Reconhecemos que toda mudança requer um período de ajuste. Estamos trabalhando para facilitar esse processo, oferecendo treinamento e suporte aos usuários,” afirmou o prefeito.

Além disso, o projeto enfrentou resistência inicial devido à previsão de autuações por monitoramento eletrônico, o que gerou preocupações sobre a emissão de multas. “A fiscalização tem o objetivo de garantir o cumprimento das regras, mas nosso foco está na conscientização dos motoristas sobre a importância de compartilhar o espaço urbano de maneira responsável,” destacou Cunha.

Apesar das controvérsias, a prefeitura de Olímpia antecipa benefícios significativos com a implementação da Zona Azul digital, incluindo a melhoria na disponibilidade de vagas para estacionamento e o estímulo à circulação de pessoas no centro comercial. “Esperamos que, com o tempo, a população veja os benefícios desse sistema para a organização e a acessibilidade da nossa cidade,” ressaltou o prefeito.

Eleições: relação de Fernando com Geninho

Na relação política local de Olímpia, um dos temas que emergem com frequência é a dinâmica entre o prefeito Fernando Cunha e o ex-deputado federal e ex-prefeito, Geninho Zuliani. E não foi diferente na entrevista com os jornalistas de Barretos. Fernando Cunha, ao discorrer sobre suas perspectivas e alianças políticas, esclareceu sua postura em relação a Geninho, indicando nuances de cooperação, mas também de distinção ideológica e administrativa.

Cunha ressaltou que, “apesar das diferenças partidárias e de visão de gestão, houve um período inicial de tentativa de trabalho conjunto em prol de Olímpia. No entanto, a colaboração esfriou diante de divergências e críticas políticas”. O prefeito destacou a importância de apresentar à população “uma alternativa que esteja alinhada com seu modelo de administração, enfatizando um estilo de governança focado na eficiência e no desenvolvimento sustentável”.

Ele mencionou a necessidade de apresentar um candidato “que dê continuidade ao trabalho realizado na gestão, refletindo sua abordagem e compromissos com o município”.

O futuro político do prefeito Fernando

Quando questionado sobre suas aspirações políticas futuras, o prefeito Fernando Cunha expressou disposição para participar de projetos políticos maiores, desde que alinhados com os interesses de sua cidade e região. “Estou aberto a desafios que possam beneficiar Olímpia e promover o desenvolvimento regional. Minha experiência e dedicação à gestão pública me preparam para contribuir em escalas maiores,” afirmou Cunha.

Fernando Cunha destacou a importância de estar envolvido em iniciativas que tenham o potencial de trazer mudanças significativas e positivas para a comunidade. “Se houver um projeto político que ressoe com os valores e as necessidades da nossa cidade, e que possa realmente fazer a diferença para as pessoas que servimos, estarei mais do que disposto a considerar minha participação,” explicou.

O prefeito também enfatizou a necessidade de apoio coletivo e uma base sólida para qualquer futura empreitada política. “Qualquer movimento em direção a um futuro político deve ser cuidadosamente planejado e apoiado por uma equipe dedicada e pela comunidade. A política deve sempre ser sobre servir ao público e trabalhar para o bem comum,” concluiu Cunha.