DA REDAÇÃO — Morre a poetisa, a escritora internacional, a professora, a editora, a campeã de Tênis de Mesa da Terceira Idade, a amiga Guisela Noemi Montoya Poblete, 63, nascida no Chile.

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Dez anos depois de deixar Olímpia, ela havia retornado à Olímpia no final de julho do ano passado, desta vez para morar e trabalhar, depois de ter morado Quito, Equador.

O velório está sendo realizado desde o início desta  manhã de sábado (19), na Igreja Batista Memorial, na rua Sete de Abril, atrás da Câmara Municipal, e o sepultamento marcado para às 17h, segundo informações da Organização Social de Luto.

Ela deixa três filhos, Brooke, Talita e Bani. 

Guisela tem história em Olímpia. Amava esta cidade e o seu povo. Juntamente com o seu marido, o ex-jornalista Antonio Fernandes, falecido em junho de 1993, manteve em Olímpia o semanário “Cidade”, entre os anos de 1987 a 1994, e também a escolinha infantil ‘Laranjinho’.

Também foi colaboradora deste Diário, com artigos e entrevistas esporádicas, sempre a nosso pedido.

Durante sete anos, ela foi editora do jornal “Cidades”, de Olímpia, no qual ela escreveu duas colunas “Woman To Woman”, “A Janela da Cidade”. Posteriormente também foi colunista do jornal Metro News, na capital.

No Brasil também ensinou na Faculdade de Turismo, na capital paulista, e da Universidade de Turismo, em Barretos.

Ela percorreu todos os países da América do Sul, Europa, bem como Portugal, Espanha e Alemanha. Passou quatro anos na Espanha, onde passou grande parte do seu tempo em estudo e investigação literária.

Em junho de 2011, o Diário de Olímpia registrou a sua chegada para lançamento do livro de poesias ‘Gotas de Chuva’, na antiga Brinquedolândia (que sucedeu a Casa Ramos).

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No feriado dos 109 anos de Olímpia, em março de 2012, Guisela criou o Grupo Metáfora Olímpia, reunindo poetas, escritores, músicos e pintores – uma extensão do Metáfora que existe em Quito (Equador), Barcelona e Marrocos.

A fundadora do Metáfora abriu o evento, chamado de ‘1ª Tertúlia Literária’, saudando dos 109 anos de Olímpia. Ressaltou a importância do grupo literário olimpiense que se formava e apresentou o seu primeiro presidente, o poeta Luiz Augusto da Silva.

Enquanto esteve fora, também tinha um programa na Rádio ‘Ciudad del México’, que muitos olimpienses, alertados por ela do horário, acompanhava, com músicas e poesias no ar.

Daí, Guisela se manteve em Olímpia até 2005, quando se mudou para Quito, Equador, de onde retornou no final de julho do ano passado. Na redação do Diário, Guisela declarou: “Eu tenho verdadeira paixão por Olímpia, aqui fui casada pela segunda vez, tive um filho, tenho amigos e lembranças, a minha história está em Olímpia, agora venho para ficar”.

De 2005 a 2015, além do Equador, Guisela viajou por toda a América Latina, e países da Europa e Ásia.

Antes de retornar em definitivo à Olímpia, no primeiro semestre de 2015, Guisela permaneceu na Itália por quatro meses, em decorrência de ter sido premiada, em segundo lugar, em um Concurso de Poesias. Ficou mais na Sicília, mas percorreu Roma, Firenze e outras tantas cidades, onde pode, também, fazer a pesquisa de seu próximo livro sobre a oliveira e o azeite.

Na Redação, em 14 de agosto do ano passado, ela mostrou, orgulhosa, a poesia publicada e a placa de Menção Honrosa (ao lado).

Guisela tentou se virar como pode para ficar na Olímpia que tanto amava. Deu aulas de Espanhol na Alternative Idiomas e tinha outros planos, prosseguindo com a condução de seu Grupo Internacional de Poesia, o Metáfora, que tem uma ramificação em Olímpia, até então, antes de sua volta, conduzida pelo professor Genival Ferreira Miranda (também presidente à época da Academia Olimpiense de Letras, AOL), e pretendia escrever dois novos livros (já tinha cinco publicados), um sobre a Oliva e o Azeite (de cunho científico) e outro literário.

metafora2Em outubro de 2014, Guisela empossou Genival Miranda no Grupo Metáfora Olímpia, e fez algumas homenagens, entre elas fez questão de presentear com uma placa o jornalista Leonardo Concon, do Diário. Antes, passou na Redação e nos presentou com um legítimo Chapéu Panamá.

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Ela é pesquisadora do Haiku e da vida do poeta e filósofo Matsuo Basho (1644–1694), considerado o primeiro e maior poeta japonês de haiku, nasceu samurai e adoptou a simplicidade tanto na vida como na criação poética. No dia 21 de outubro do ano passado, ministrou aulas de Haiku, com muita interatividade entre os alunos.

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Infelizmente, a perdemos. Mas, Deus sabe o que faz. Certamente, terminou a sua missão conosco. Sentiremos saudades. Vai em paz, com Deus, Guisela.

5 COMENTÁRIOS

  1. Deixo meu agradecimento a todas as amizades que ela fez aqui em Olimpia.
    Sei bem o quanto ela gostava desta cidade!
    Foi incrível ver a quantidade de pessoas que foram ao velório e saber o quanto ela foi amada, querida e respeitada.
    Obrigada por toda ajuda prestada desde quando ela ficou internada até o dia do sepultamento.
    Sou grata por cada palavra de conforto!
    E agora ficamos em Paz sabendo que ela está descansando nos braços do nosso Pai Celestial.
    Abs, Brooke Montoya