DA REDAÇÃO – No próximo dia 16, ao meio-dia, a Estância Turística de Olímpia será representada pelo prefeito Fernando Cunha na cerimônia de acendimento da chama olímpica, realizada na antiga Olímpia, na Grécia. Este evento antecede os Jogos Olímpicos Paris 2024, marcando o início de uma jornada simbólica que une culturas e nações em torno dos ideais olímpicos de paz e amizade. Não é a primeira vez que Fernando participa desse tipo de cerimônia. Ele viajou sozinho, sem delegação.
A chama olímpica, acesa por meio dos raios solares e um espelho parabólico, é um ritual que remonta aos Jogos Olímpicos da Antiguidade, simbolizando a purificação e a busca pela excelência. A cerimônia envolve a participação de sacerdotisas e dançarinos gregos, em uma performance que evoca tradições milenares.
A chama é acesa pela suma sacerdotisa que, diante das ruínas do templo de Hera, pede a Apolo, o deus do sol, para acender sua tocha com os raios solares captados em um espelho parabólico.
A suma sacerdotisa é acompanhada por outras sacerdotisas e Kouroi, representados por um grupo de jovens dançarinos gregos que executam uma coreografia inspirada nos tempos antigos.
Então, a chama Olímpica é colocada em uma urna e levada ao antigo estádio por Hestiada (a sacerdotisa guardiã do fogo), onde é entregue pela suma sacerdotisa ao primeiro condutor da tocha com um ramo de oliveira – um símbolo universal de paz.
Trançado Estrela, Café e Cachaça
Ao Diário, o prefeito disse que antes desse momento ele terá diversas reuniões com os prefeitos irmanados. Nesta quarta-feira (10), Fernando se reunirá com o embaixador do Brasil, em Atenas, Roberto Caminha de Castilhas.
Além de todo o material institucional da Estância Turística de Olímpia, o prefeito levou o artesanato típico Trançado Estrela, além do Café Vulcão de Minas e a Cachaça Dom Tapparo.
Os laços que unem as duas Olímpias
A relação entre as duas Olímpias foi oficializada em 10 de junho de 2019, quando Olímpia se tornou cidade coirmã da Olympia da Grécia, uma parceria intermediada pelo embaixador do Brasil na Grécia, com o apoio do ministro das Relações Exteriores da época.
A homenagem a essa união foi marcada pela inauguração da estátua da Deusa Nikki, símbolo de vitória, em Olímpia, em agosto de 2021. O cônsul geral da Grécia, Stylianos Hourmouziadis, esteve em Olímpia (SP) para a homenagem de irmanação com Olympia Antiga, da Grécia, descerrando na Avenida Benatti o monumento. O prefeito da Olympia da Grécia, Georgios Georgiopoulos, lideranças políticas e membros da comunidade grega, acompanharam o evento de forma virtual, e teve mensagem gravada de Georgios.
A estátua, criada pelo artista plástico Romildo Cardozo, não só celebra os laços culturais e fraternos entre as cidades mas também reafirma o compromisso de Olímpia com a promoção dos ideais olímpicos.
O projeto arquitetônico idealizado no Vale do Turismo, que é a região turística que mais cresce do município, contempla uma praça com paisagismo característico da Grécia, tendo como objeto central a Estátua da Deusa Nikki, com cerca de 8 metros de altura, no total. O local conta ainda com uma Pira Olímpica, tendo em vista que a cidade coirmã é berço dos Jogos Olímpicos.
Desde 2004, quando os Jogos Olímpicos foram celebrados em Atenas, sua imagem vem sendo cunhada nas medalhas de ouro, prata e bronze das Olimpíadas.
Após os discursos, inclusive do prefeito de Olympia da Grécia, em vídeo, e do Cônsul Geral, em português e em grego, um momento emocionante: o acendimento da Pira Olímpica, pelo atleta olimpiense Fausto Giannecchini, ex-jogador da Seleção Brasileira de Basquete, nas décadas de 70 e 80, considerado uma lenda do basquete brasileiro.
A viagem da chama, a ‘trégua sagrada’
Após o acendimento, a chama percorrerá a Grécia até 26 de abril, chegando ao Estádio Panatenaico em Atenas, onde a pira olímpica é acesa, marcando o fim do revezamento grego.
A chama então é entregue ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris 2024, iniciando sua viagem até Marselha, França, a bordo do Belem, um navio histórico.
A viagem da chama Olímpica de Olimpia até a cidade-sede dos Jogos e o revezamento da tocha tornaram-se um dos eventos mais simbólicos associados aos Jogos Olímpicos. Da mesma forma que os antigos mensageiros Olímpicos proclamavam a ekecheiria, ou “trégua sagrada”, os condutores do revezamento que passam a chama Olímpica trazem consigo uma mensagem de paz ao longo do caminho.
A cerimônia de Acendimento da Chama Olímpica em Olímpia antiga, na Grécia, programada para o dia 16, contará com a presença de cidades convidadas de várias partes do mundo. Estas incluem Inazawa, Japão; Grossostheim, Alemanha; Antibes Juan les Pins, França; Haidian, Beijing, China; Olympia, Washington, EUA; Colorado Springs, EUA; Camisano Vicentino, Itália; Piza, Itália; e a Estância turística de Olímpia, Brasil.
A presença do prefeito Fernando Cunha na cerimônia não é apenas um gesto diplomático, mas também uma oportunidade para Olímpia, uma cidade com ricas tradições folclóricas e turísticas, projetar-se no cenário internacional, promovendo seu patrimônio cultural e esportivo.