DA REDAÇÃO — Uma paciente de 56 anos internada na Santa Casa de Olímpia, com quadro grave de cirrose hepática, conseguiu um fígado compatível para transplante em menos de 24 horas após entrar na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). O caso é considerado raro, já que a média de espera por um órgão é significativamente maior.
“O Brasil tem um amplo programa público de transplante. A lista do SUS é única para a rede pública e privada, e a espera pode chegar a dez meses. Neste caso, a gravidade e a compatibilidade aceleraram o processo”, explicou a médica Renata Okabe, da equipe responsável pelo atendimento da paciente.
Transplante como única alternativa
A cirrose hepática resulta da deterioração progressiva do fígado, formando tecido cicatricial que compromete suas funções. Quando a doença atinge estágio avançado, o transplante se torna a única alternativa.
Diante do agravamento do quadro, a equipe médica da Santa Casa de Olímpia agilizou a inclusão da paciente na lista do SUS. Em menos de um dia, um fígado compatível foi disponibilizado. A paciente foi transferida para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde passa por exames preparatórios antes da cirurgia.
Dados sobre transplantes no Brasil
O fígado foi o segundo órgão mais transplantado no Brasil em 2023, com 2.416 procedimentos, segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A maior demanda foi por transplantes de coração, que somaram 6.208 no período.
A Santa Casa de Olímpia, único hospital da microrregião, mantém convênio com a Prefeitura da Estância Turística de Olímpia por meio da Secretaria de Saúde. Segundo a administração municipal, há esforços para ampliar o atendimento na unidade.
Importância da doação de órgãos
O caso reforça a necessidade da doação de órgãos, um ato que pode beneficiar múltiplos pacientes em situação crítica. A decisão de ser doador deve ser informada aos familiares, garantindo que o desejo seja respeitado.