O Estado de São Paulo sempre teve participação expressiva no Festival do Folclore de Olímpia, com a presença de grupos do interior, região metropolitana e até do litoral. Porém, diferente dos demais participantes, eles não ficam a semana toda na cidade. Chegam a Olímpia para o segundo sábado da festa, se apresentando no palco e no desfile de encerramento.

Nesta 53ª edição, oito grupos paulistas virão à capital do Folclore, sendo todos folclóricos, ou seja, autênticos. Muitos não vinham para cá havia anos e retornam, em 2017, a convite da Comissão Organizadora.

A Congada Terno de Sainha Irmãos Paiva, de Santo Antônio da Alegria, município da região de Ribeirão Preto, retorna ao Festival após dois anos. O grupo esteve presente no Fefol desde sua primeira edição. Ajudou a fundar o evento em Olímpia e era um dos mais queridos pelo professor José Sant´Anna, idealizador da festa.

irmaospaiva

O coordenador Luís Geraldo Custódio diz que está contando os dias para chegar a cidade. A comitiva chega, de ônibus, no sábado (12), trazendo 50 integrantes, entre homens, mulheres e crianças. “Olímpia é a mãe de todos os grupos folclóricos”, disse emocionado.

O Grupo Samba Lenço, da cidade de Mauá, no ABC Paulista, também é um dos mais antigos e mais conhecidos do Festival.

Traz na bagagem seu ritmo de origem africana. Caracteriza-se pelo lenço usado como enfeite por homens e mulheres em devoção a São Benedito. Na dança, os homens enfileiram-se de um lado, as mulheres de outro, passando o lenço para escolher seu par. O enredo das músicas baseia-se em pequenas crônicas de acontecimentos locais. Os instrumentos de percussão utilizados são, na maioria, artesanais como o pandeiro, caixas, bumbo e zabumba, além do chocalho.

Os demais grupos paulistas que estarão em Olímpia no Fefol são Associação Folclórica Reisado Sergipano e Bumba Meu Boi (Guarujá), Grupo de Fandango de Tamanco Cuitelo (Ribeirão Grande), União Folclorista São Benedito do Belém (Taubaté), Grupo Moçambique de São Benedito Azul e Branco (Guaratinguetá), Congada Três Colinas (Franca), Grupo Folclórico e Religioso Moçambique de São Benedito (Lorena).

Tamanco-Cuitelo

OLÍMPIA

Além dos oito participantes de outras cidades, o Estado de São Paulo se completa no Festival com mais grupos 19 grupos de Olímpia, sendo quatro parafolclóricos e 15 folclóricos.

Entre os autênticos, estão 10 companhias de reis, dois moçambiques, uma congada, uma dança de São Gonçalo e uma catira. Dos parafolclóricos, o Godap é o mais antigo, completando, este ano, meio século de fundação. Os outros são Frutos da Terra, Associação Cultural Anástasis e Capoeira.

Veja abaixo a relação completa dos grupos de Olímpia:

Godap (Grupo Olimpiense de Danças Parafolcóricas “Cidade Menina-Moça”), Frutos da Terra, Associação Cultural Anástasis, Grupo Folclórico de Danças Afro-Brasileira e Capoeira, Cia de Reis Lapinha de Belém, Cia de Reis Os Filhos de Maria, Cia de Reis Magos do Oriente, Cia de Reis Fernandes, Os Catireiros de Olímpia – Grupo de Nossa Senhora, Terno de Moçambique de São Benedito, Grupo Dança de São Gonçalo, Cia de Santos Reis Os Visitantes de Belém, Cia de Reis Caminho de Belém, Cia de Reis Os Viajantes de Belém, Terno de Congada Chapéu de Fitas, Guarda de Moçambique Pé de Coroa Nossa Senhora do Rosário, Cia de Reis Estrela da Guia, Cia de Reis Mensageiros da Paz e Cia de Reis Estrela Guia do Oriente.