Agricultores e autoridades municipais de Olímpia se reuniram no Gabinete do prefeito Geninho Zuliani (DEM) para debaterem questões sobre produção e meios de de aproximação do agricultor familiar junto ao Poder Público. Esta aproximação bilateral é necessária a fim de que o sistema ganhe ainda mais funcionalidade. O encontro foi coordenado pelas Secretarias de Gestão e de Agricultura da cidade. Como uma das ideias, a criação de um Selo Caipira.

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Sandra Lima

“Nós verificamos a necessidade da atualização cadastral dos produtores rurais, bem como o levantamento do que é produzido em cada propriedade. Esta atitude é necessária, principalmente porque parte dos recursos provenientes do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) para a merenda escolar, deve ser utilizado com a aquisição de gêneros provenientes da agricultura familiar”, afirmou Sandra Lima, Secretária de Gestão.

A reunião visou também estimular a captação de números expressivos para a agricultura familiar, bem como aumentar o leque de serviços do próprio agricultor, fomentando a empregabilidade no campo e a economia no setor que busca novos horizontes e mercados. O encontro também ressaltou a importância das famílias se recadastrarem junto à prefeitura.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) a agricultura familiar consiste em um meio de organização das produções agrícolas que são gerenciadas e operadas por uma família e depende, de forma predominante, de mão de obra familiar, tanto de homens quanto de mulheres.

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Flávio Vedovato

De acordo com Flávio Vedovato, Presidente da Associação Comercial e Industrial de Olímpia-ACIO e Diretor de Comércio e Indústria, o município tem o intuito de estimular esta modalidade agrícola e elenca tratativas para dar suporte ao agricultor. “A Secretaria de Agricultura, Comércio e Indústria fornece um respaldo técnico na legalidade, como por exemplo, a Lei que exige que 30% do que é consumido pelo município seja comprado da agricultura familiar”.

Flávio também ressalta que há uma diretoria específica no município para acolher os agricultores familiares e também é realizada uma vistoria nas unidades escolares para analisar a necessidade de compra de produtos e a qualidade oferecida às crianças.

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Eliane Bertoncello

A secretária de Educação, Eliana Bertoncello Monteiro, afirma que a agricultura familiar representa um ganho para todos os segmentos do município: “Para os agricultores foi uma forma encontrada para valorizar a produção, um meio de garantir o mercado e estimular a busca por uma melhor produção”.

A secretária também ressalta a importância de oferecer estes alimentos para os alunos na merenda, “na escola ensinamos a educação alimentar, os valores nutricionais dos alimentos e a importância de uma boa alimentação. Isto tudo não fica apenas no discurso, torna-se uma aprendizagem significativa para as crianças, porque elas sabem que o que consomem é um alimento de qualidade, produzido aqui e entregue no dia”.

Flávio Vedovato aponta que a agricultura familiar não fomenta somente Olímpia, como por exemplo, a Associação dos Pequenos Produtores do Bairro da Capituva, no qual cerca de 30 famílias produzem alimentos para o município e região (Cajobi, Severínia e outras cidades da Comarca). E também elenca que é necessário possibilitar a profissionalização para obter mais sucesso no empreendimento, já que a propriedade rural não deixa de ser um empreendimento que necessita de qualidade no serviço para obter maior retorno financeiro.

“É isto que a Secretaria propõe, uma forma de facilitar a vida do homem no campo para escoar a mercadoria, procurar novos mercados para estes agricultores e expandir a empregabilidade, bem como o mercado”, afirma Flávio Vedovato.

Selo Caipira

O Selo Caipira é uma proposta que foi discutida entre o prefeito Geninho Zuliani, a Secretaria de Agricultura, Comércio e Indústria e a Divisão de Indústria e Comércio de Olímpia, e que tem como intuito fornecer ferramentas melhores e mais sustentáveis ao empresário do campo.

O Selo procura criar possibilidades para que o agricultor mantenha-se na propriedade e a transforme em autossustentável. “São ferramentas que o poder público vai trazer em parceria com instituições privadas (Sindicato Rural, Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo – CAT, ACIO) para fomentar ainda mais o sucesso do homem do campo na propriedade rural”, acrescenta Flávio Vedovato.

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