A Via, responsável pelas marcas Casas Bahia e Ponto, comunicou um plano de negócios na quinta-feira passada (10). O plano prevê o fechamento de 50 a 100 lojas em 2023 e a demissão de 6 mil funcionários. Na Estância Turística de Olímpia, a loja ocupa as esquinas da Rua São João com a David de Oliveira, na Praça da Matriz, e emprega 15 funcionários.

A empresa tem a intenção de reduzir até R$ 1 bilhão em estoques neste ano e planeja alterar a estratégia de captação de recursos para o financiamento do crediário.

Renato Horta Franklin, presidente da Via, informou que o processo de diminuição no número de lojas já foi iniciado. Ele ainda destacou que o objetivo é priorizar no marketplace os produtos que possuem menor retorno financeiro, enquanto as lojas físicas focarão em itens com maior rentabilidade. “A reestruturação das lojas liberará estoques de R$ 200 milhões”, disse o presidente.

Essa reestruturação segue uma mudança na alta liderança da empresa ocorrida no segundo trimestre deste ano.

EM OLÍMPIA

Segundo apurado pelo Diário, as vendas são positivas e não haveria motivo para a loja olimpiense constar da lista negra da Via. A loja, que já chegou a ter 23 funcionários, hoje emprega 15.

Em 2015, a Via também fechou dezenas de lojas e, felizmente, Olímpia ficou de fora dos cortes, o que deverá se repetir neste novo anúncio.

REPERCUSSÃO

O Deputado Federal Luiz Carlos Motta (PL/SP) manifestou veemente repúdio ao plano de demissão de aproximadamente seis mil funcionários da Casas Bahia, uma das mais conhecidas redes varejistas do Brasil. O anúncio de fechamento de 100 lojas da empresa gerou preocupação não somente em relação à economia, mas também ao impacto social dessas demissões em larga escala.

Motta, que também preside a CNTC (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio) e a Federação dos Comerciários (Fecomerciários), pretende mobilizar a base sindical comerciária, e, juntamente com os sindicalistas, abrir uma frente de diálogo com a empresa. Ele diz: “Fechamento de lojas e demissões não podem ser feitos sem uma conversa prévia com os Sindicatos. Deve haver alternativas para manter as lojas abertas e preservar os empregos. Do contrário, é fundamental negociar acordos para beneficiar os comerciários com a dispensa”.

Motta reafirmou que a sua missão é proteger os empregos, os salários e todos os direitos econômicos e sociais dos trabalhadores. Por isso, ressalta a importância de se buscar alternativas para evitar tais demissões. Ele reforçou a necessidade de diálogo, inclusive para conciliar os interesses da loja.