Um receptor de cartões bancários, ligado à uma quadrilha da capital paulista, foi preso em flagrante na tarde de ontem pela Polícia Militar, após uma vítima desconfiar do golpe, que é bastante conhecido, após receber ligação telefônica de que ‘um funcionário do Banco do Brasil’ iria apanhar o cartão ‘que estaria bloqueado’ por uso indevido. Outras possíveis vítimas também receberam, ontem (22), diversas ligações da mesma natureza.

O golpe seria aplicado na Rua Bem-Te-Vi, na Cohab 1, em Olímpia. Ele estava se apresentando como Luiz Felipe Neto, mas, na realidade, a sua verdadeira identidade é Carlos Eduardo Ferreira Martins, de 34, se identificou como ’empresário’ no boletim de ocorrência policial, residente na capital paulista, bairro do Jaraguá.

Ele ligou para a vítima, uma advogada, que desconfiou do golpe já conhecido, de que fizeram um saque indevido em sua conta do BB e que, por isso, o cartão estaria bloqueado, e que um funcionário do BB iria buscar esse cartão para substituí-lo.

Desconfiada, entrou em contato com o cabo PM Reinado, que estava de folga. Ele comunicou os fatos à Companhia e, em seguida, foi até o endereço da vítima, aguardar o ‘tal funcionário do BB’. Viaturas policiais também foram para o local.

De fato, Carlos, quando avistou o cabo Reinaldo, tentou fugir, correndo, mas foi alcançado e preso em flagrante. Com ele, dinheiro, vários cartões, um HB 20 alugado, diversos comprovantes de pedágios.

Ele confessou que, de fato, foi ‘contratado’ por uma quadrilha da capital e que ganharia mil reais pela empreita, além de todas as despesas pagas, inclusive hospedagem e locação de veículo (que também foi apreendido). Mas, evitou dar nomes de seus chefes.

Foi preso, ficando à disposição da Justiça.

COMO O GOLPE FUNCIONA

O golpe começa através de uma ligação ao cliente, de uma pessoa que se passa por um funcionário do banco. Este afirma que o cartão foi clonado, e que é preciso bloqueá-lo. Então é solicitado ao consumidor que quebre o cartão ao meio e peça o novo pelo atendimento eletrônico, que continua na mesma ligação. Então, é informado que um motoboy irá buscar o cartão. O que o cliente desconhece, é que cortando ao meio o cartão, o chip permanece intacto, e mesmo assim é possível realizar diversas transações.

Nenhum banco solicita o cartão de volta ou pede para retirá-lo. Portanto, desligue imediatamente o telefone e entre em contato com o seu banco imediatamente.