Em uma investigação que aponta para o homicídio qualificado de uma família em Olímpia, encontrada morta em um canavial em Votuporanga no dia 1º de janeiro, mensagens interceptadas nos celulares dos suspeitos são cruciais para o caso. As vítimas, Mirele Tofalete, 32 anos, Anderson Marinho, 35, e Isabelly, 15, desapareceram em 28 de dezembro, com os corpos sendo descobertos posteriormente em estado de decomposição e com marcas de tiros.

A análise dos aparelhos móveis, conduzida sob autorização judicial, expôs conversas entre João Pedro Teruel, Rogério Schiavo e Danilo Roberto Barboza da Silva, demonstrando a preparação para a fuga após o cometimento do crime. Eles foram indiciados por homicídio qualificado, entre outras acusações, com motivações ligadas a desavenças por drogas.

As mensagens capturadas revelam a comunicação entre Danilo e Rogério (identificado como “esquilo” nos contatos) no dia do crime, discutindo a necessidade de fuga:

Danilo: “não adianta, nós vamos ter que ir, vamos ficar aqui não, mano. Não sabemos o que vai acontecer… Vamos embora. Só que é o seguinte: nós têm que ver com o [nome] se tem algum lugar para nós lá, mano, um lugarzinho para nós ficarmos lá, porque nós fica jogado, que nem nós ficamos lá na casa daquele povo. É foda, mano.”

Danilo: “depois também nós aluga uma casa lá na cidade, nós aluga uma casa lá em um lugar meio de quebrada e nós fica lá.”

Danilo: “nós temos chance. Se a bomba explodir, nós não pode tá aqui não, se não os polícia vai virar um cão em cima de nós.”

Após a divulgação dessas mensagens, Danilo conseguiu fugir, sendo posteriormente preso em Andrelândia (MG). Os três suspeitos encontram-se detidos, com a polícia solicitando a conversão da prisão temporária em preventiva.

Além das acusações, o inquérito detalhou que Anderson Marinho transportava entorpecentes para os suspeitos, sendo emboscado junto à sua família, que não tinha envolvimento com o tráfico.

As investigações continuam, com essas mensagens desempenhando um papel vital para entender as circunstâncias e a premeditação do crime que chocou a região de Olímpia.

Com G1