Por Ivanaldo Mendonça — O presente momento da história revela uma profunda crise sobre o exercício da nobre e difícil arte de liderar. De conversas informais aos polos de reflexão, o assunto figura entre os principais. Ao mesmo tempo em que disponibiliza maiores e melhores recursos, instrumentos e técnicas, a pós-modernidade impõe-nos o desafio de redefinir o conceito, o papel e os indicadores de excelência da liderança.

A visão tradicional que descreve o líder como aquele que vai à frente, mostra o rumo, toma decisões, faz ajustes, controla resultados, zela pela motivação, pune erros e premia sucessos dos seus seguidores, não responde mais aos desafios.

Os estudiosos apontam para um novo modelo, cujo foco não está mais, exclusivamente, na pessoa do líder, e sim, na participação coletiva. Neste modelo, o líder é concebido como facilitador de processos que garantem á organização à qual ele serve distinguir-se entre as demais por meio da posse de competências essenciais e duradouras.

quebra

  1. O líder facilitador, mais do que fazer pela equipe, colabora para que ela alcance maturidade para refletir sobre suas atividades e decisões. Ele deve ser hábil em propor paradas e reflexões, quando necessário.
  2. O líder facilitador apoia as decisões e acompanha a equipe; caminha junto, não é um corpo estranho.
  3. O líder facilitador percebe os destaques individuais, quem mais se empenha para que os objetivos da equipe sejam alcançados. Ele estimula pessoas e equipe a perseverar e atingir as metas.
  4. O líder facilitador identifica, reconhece e externa o reconhecimento pelas conquistas da equipe e celebra, com ela, os resultados positivos.
  5. O líder facilitador motiva a equipe à abertura e disposição para a contínua aprendizagem. Sabe converter possíveis erros em fonte e motivação para o aprendizado.

Do planejamento estratégico ao auxílio de especialistas (consultores, coaching, etc.), são muitas as ferramentas disponíveis para que o líder atue como elemento facilitador. É fundamental, também, que ele adote comportamentos condizentes ao papel que desenvolve: confiar na equipe, ouvir mais do que falar, julgar com base em evidências, trabalhar com a equipe, estar sempre de bom humor.

O desafio lançado requer do líder capacidade de adaptação à nova realidade. Estar comprometido com o contínuo processo de aprendizagem, aperfeiçoando conhecimentos, incorporando novas habilidades ao repertório e assumindo novas atitudes, o tornará mais eficiente e eficaz na arte de gerir pessoas, equipes e processos, rumo á excelência.

Ivanaldo Mendonça

Padre, Pós-graduado em Psicologia

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