Apesar que a autarquia Daemo Ambiental, de Olímpia, divulgue que está preocupada com o meio ambiente e com a causa animal, através de castrações, feira de adoção e doação de mudas, ela admite que a procura está baixa para a castração dos animais e o número de faltantes agendados para a realização do procedimento cirúrgico é muito alto.
E, também embora a lei municipal favoreça a castração de cachorras e gatas das famílias de baixa renda, que tem o objetivo de reduzir a população de animais domésticos soltos nas ruas da cidade e implementar novas políticas e programas de gestão de animais de pequeno porte, para participar do projeto é necessária a realização de um cadastro, preenchido na sede da autarquia.
Até aí, tudo bem. Ocorre que, contrariando a lei que exige apenas a comprovação de três salários mínimos, o Daemo quer, além do RG, CPF e comprovante de residência do morador interessado na castração, o NIS (Número de Identificação Social), dos programas assistencialistas do governo, nem todos que vivem com até três salários mínimos dependem desses programas, ou estão cadastrados.
Desde em abril, o projeto castrou apenas 393 animais. De acordo com a divisão de Meio Ambiente da Daemo, responsável pelos cadastros e agendamentos, o contrato entre a autarquia e médico veterinário contratado prevê a castração de 1.650 animais por ano, sendo 137 por mês.
A burocracia envolve, além do NIS, a necessidade de ser realizada uma vistoria pelo médico veterinário responsável para conhecer o animal e verificar as condições para a castração. Muitas pessoas questionam o método invasivo da castração, onde o animal é severamente cirurgiado, fica vários dias em recuperação e ainda toma medicamentos, ofertados pelo município, o que gera mais uma dificuldade para quem busca uma solução nessa área.
APESAR DO MP…
O Ministério Público, acionado pela ONG Mi-Au e protetoras, em relação a quase 100 envenenamentos de comunidades de gatos, especialmente, quer respostas do Daemo e do prefeito Fernando Cunha quanto à política animal e o cumprimento das leis municipais da causa animal, segundo o autor, vereador Luiz Salata, e a presidente da ONG Mi-Au, Sueli Aparecida Carvalho, todas descumpridas, entre elas a criação de um Conselho Municipal de Proteção Animal.
A promotora do Meio Ambiente exigiu o cumprimento de todas essas leis, inclusive a criação do Conselho, que agora está patinando com o vereador José Elias Morais (Zé das Pedras), presidente de outra ONG, a SOS Animais, que prega que o ‘Conselho está defasado e quer mudar para atualizá-lo’, mas nao aponta quais desatualizações que a promotora não enxergou e mandou cumprir dentro de 60 dias.
ADOÇÃO PELO DAEMO
Ainda em relação à causa animal, o Daemo Ambiental incentiva a adoção responsável de cães e gatos. Por isso, todas as quartas-feiras, das 8h às 12h, uma feira de adoção de animais é realizada na sede da autarquia, pois muitos animais são abandonados todos os dias nas ruas e ganham um lar temporário no abrigo de animais.
De janeiro até agosto deste ano já foram adotados 152 bichinhos. Os animais, de acordo com a divisão de Meio Ambiente, trazem muitos benefícios para adultos e crianças. Alguns cuidados são de extrema importância para que o animal se sinta bem em seu novo ambiente como ração, água, local apropriado para que eles se sintam confortáveis, manter o ambiente higienizado, dar remédio para verme e levá-lo para tomar vacina contra raiva e viroses uma vez por ano.
DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS
Outra ação desenvolvida pela autarquia Daemo Ambiental é a Campanha Permanente de Incentivo à Arborização da Estância Turística de Olímpia, criada em fevereiro deste ano. O objetivo da ação é ampliar a cobertura vegetal arbórea, beneficiar a biodiversidade e promover a melhoria da qualidade ambiental do município.
A distribuição é realizada todas as terças-feiras, na sede da autarquia, das 8h às 16h. A campanha já distribuiu 7.379 mudas. Dentre as árvores frutíferas que são doadas estão Pinha, Jambo Amarelo, Café, Cabeludinha, Goiaba, Romã, Tamarindo e Pitanga. Já para plantio em calçadas, são distribuídas mudas de árvores de pequeno e médio porte, Sabão-de-Macaco, Pata-de-Vaca, Flamboyant Mirim, Ipê de Jardim, Noni, Aroeira Pimenteira e Cássia.
Além da ação, também é realizada a distribuição gratuita de mudas diariamente no Viveiro Municipal, das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira, e, aos sábados, das 8h às 11h. O Viveiro está localizado na Estrada Municipal Vitório Celso Cisoto (prolongamento da Av. Menina Moça).
Quem quiser saber mais informações ou se cadastrar no Daemo Ambiental, o horário é de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. A autarquia está localizada na Avenida Harry Gianecchini, 350, no Jardim Toledo.
