Por Ivanaldo Mendonça – A conclusão do tempo pascal cujo propósito é favorecer o aprofundamento na compreensão e, sobretudo, na experiência da ação do Ressuscitado presente entre aqueles que se empenham na vivência e testemunho da fé, como Seus discípulos-missionários, é preparada pelo anuncio da vinda do Espírito Santo.

O caminho percorrido alargou horizontes a respeito do sentido e significado do conteúdo central da fé cristã, o mistério da paixão-morte-ressurreição de Jesus, chamado pelos estudiosos da teologia de ‘Kerigma’, palavra que significa ‘anúncio, proclamação’.

No Ressuscitado encontramos Paz que confere sentido á existência, fortalece contra o medo, devolve a alegria de quem, amadurecido, vive a fé para alem da materialidade. Com Ele aprendemos a caminhar: Sua Palavra faz arder os corações, Sua presença na Eucaristia abre os olhos, Sua ação na, e através da comunidade dos fiéis faz-nos perseverantes. Experimentamos Dele o zelo amoroso que inspira a zelar com amor também. O seguimos conscientes, livres e responsavelmente como Caminho, Verdade e Vida.

As Sagradas Escrituras revelam, no Evangelho Segundo João (Jo 14,15-21) que, antes de voltar ao Pai, Cristo promete aos seus, enviar o defensor, o Espírito Santo. Mais uma vez apresentasse o desafio de crer nas promessas de Deus, sendo necessário superar a realidade sensorial (visão, audição, olfato, paladar e tato), abrir-se ás certezas de ordem espiritual, que se nos vem pela graça concedia pelo próprio Deus, o dom da fé, que significa, acima de tudo, compromisso de fidelidade.

“Eu creio nas promessas de Deus! Eu creio nas promessas do meu Senhor! Se sou fiel no pouco ele me confiará mais!” ensina a canção. Crer nas promessas de Deus significa ser fiel, o que consiste, mais do que num ato isolado, na dinâmica que envolve a totalidade do ser.

A promessa de Deus se cumpre àquele e, através daquele, que segue o Senhor. O princípio da fidelidade a Jesus é amá-Lo; o sinal evidente do amor a Jesus é viver Seus mandamentos. Do amor infinito entre o Pai e o Filho procede Aquele que defende os que assumem viver a fé, o Espírito Santo.

Não vos deixarei órfãos! Experimentar a paternidade amorosa de Deus depende fundamentalmente, mais do que de ‘ser perfeito’, de ‘ser fiel’, no empenho, contínuo em viver por, com e em Cristo.

Esta intimidade garante aos que perseveram reconhecer e, sobretudo, saborear, a ação do Espírito Santo, que acima de tudo, consola os corações e orienta os passos de cada fiel e da comunidade dos fies, a Igreja, ao longo dos tempos.

Cremos nas promessas de Deus! Ele nos confia mais!

Ivanaldo Mendonça
Padre, Pós-graduado em Psicologia
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