“Concluímos a principal parte da investigação: descobrimos a autoria em 14 dias de investigação. Agora, vem a segunda: o mandante, há 50% de chance que tenha, e há outros 50% que não”. A afirmação está inserida na entrevista coletiva concedida à imprensa na tarde desta quinta-feira (1º) pelo delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Olímpia, Marcelo Pupo de Paula, dando detalhes de como chegou à autoria do incêndio criminoso na sede da Folha da Região, no último dia 17, atingindo também a residência do jornalista José Antonio Arantes.

Quem deveria proteger o patrimônio da sociedade, inclusive com a própria vida, foi o autor: o bombeiro municipal Cláudio José Azevedo de Assis. E com um álibi fraco, visivelmente montado para tentar jogar a responsabilidade em uma ‘síndrome do pânico’, que apareceu no dia 30, exatamente no dia em que a Polícia Civil foi à sua casa e descobriu os pertences da cena do crime, e ocultar possível mandante – há informações e suspeitas, sim. Fortes, por sinal.

Detalhes desse tosco depoimento podem ser acessadas aqui.

O delegado conta detalhes de como chegou ao suspeito, começando pelo seu desaparecimento incomum: um servidor de mais de 20 anos de trabalho, não era o seu dia de folga, desapareceu da cidade, mas a família deu parte e o delegado buscou por imagens de videomonitoramento. E deu certo.

O jornalista Leonardo Concon questionou como um incendiário não teria um mandante se ele destruiu os seus três celulares, jogando-os em um rio? Como alega ter síndrome do pânico (que descobriu dia 30, mesmo dia em que a Polícia o visitou, daí correu em busca de um atestado médico), se após o crime, decidiu tirar férias sem avisar a Corporação dos Bombeiros, em uma viagem onerosa? Uma pessoa com síndrome do pânico não planeja um incêndio, colocando vidas em risco na madrugada, tendo o conhecimento que tem.

O delegado irá ouvir outras pessoas, como a ex-amásia, o comandante do Bombeiros, e irá atrás dos celulares jogados no rio entre Olímpia e Severínia. O mandante será descoberto.

Essas e outras questões, aqui:

JORNAL NACIONAL

Mais uma vez, o caso mereceu destaque no Jornal Nacional: