Os vereadores da câmara municipal de Olímpia aprovaram na primeira sessão Legislativa de 2022, realizada na noite desta segunda-feira, dia 7, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que irá apurar denunciada quebra de decoro parlamentar da vereadora Alessandra Bueno em relação a sucessivos ataques e ‘lives’ em redes sociais contra a advogada Helena de Sousa Pereira.

A votação foi por 7 a 2, necessários dois terços dos vereadores, sendo contrários apenas Edna Marques e Helinton de Souza (Lorão) – Alessandra por ser parte denunciada, não vota.

Após a extensa leitura da denúncia formulada pela subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil de Olímpia (veja abaixo a sua íntegra), tendo em vista verbais desferidos em redes sociais, inclusive com palavras de baixo calão, a vereadora acusada tentou desconfigurar a denúncia como sendo um assunto de ‘tricotagem entre senhoras’, e que poderiam ter resolvido essa pendenga fora do Legislativo.

Seguiram a mesma linha, praticamente, os dois vereadores contrários ao recebimento da denúncia e também os dois pronunciamentos seguintes dos vereadores contrários ao recebimento da denúncia Edna Marques e ‘Lorão’, embora Edna fosse mais rígida quanto ao comportamento e palavreado ‘chulo’ de Alessandra, classificando-a como ‘novata’ do parlamento, e “que todos erram, inclusive eu já errei, portanto cabe apenas uma retratação e não a abertura de CEI”.

Não concordaram, apoiando evidentemente o recebimento da denúncia, os vereadores Cristina Reale e o novato João Luís Stellari (que substitui o novo secretário da Segurança, Trânsito e Mobilidade Urbana, Hélio Lisse Jr.). Cristina disse que o relatório de denúncia já pertence à Câmara e que a CEI seria o melhor lugar para Alessandra se retratar, sendo o mesmo pensamento de Stellari.

Após aprovação por 7 a 2, o presidente José Roberto Pimenta, Zé Kokão, fez o sorteio dos membros da Comissão Especial de Inquérito, sendo eles João Stellari, Sargento Renato Barrera, Helinton de Souza (Lorão), que declinou, e Lúcio Pereira (Amaral). Em seguida, eleitos os suplentes Cristina Reale e Márcio Iquegami e, por fim, em reunião secreta, os membros da Comissão decidiram que a presidência será com João Stellari, sendo relator Barrera e o membro Lúcio Amaral.

Antes da leitura das 17 páginas do documento da OAB, Alessandra tentou também desconfigurar a legitimidade de tal, citando a autora (Helena) como um ‘ato isolado’ e, por fim, disse que, se aprovada a CEI, ela só teria uma palavra a dizer: “Perseguição”.

A sessão legislativa foi realizada no ‘hall’ do prédio, tendo em vista reformas no plenário.

O PEDIDO DE QUEBRA DE DECORO PARLAMENTAR