Entrou em vigor nesta terça-feira, 15, em Catanduva, o decreto de lockdown. Foi a primeira vez que a cidade decretou a medida desde o início da pandemia. Ruas desertas e blitze da guarda municipal marcaram o início das medidas mais restritivas no município. Por Diário da Região

Mais rigorosa restrito que a fase vermelha do Plano São Paulo, o lockdown foi adotado pelo prefeito Padre Osvaldo de Oliveira Rosa, após pressão do Ministério Público e de parte da própria população. Catanduva contabiliza 15.212 casos positivos da doença e 506 mortes pela Covid-19, mas teve um aumento exponencial de infectados nos últimos dias, inclusive, com 30 pacientes tendo morrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade à espera de transferência para leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Na rua Brasil, principal via comercial da cidade, o que se viu nesta manhã foram portas de estabelecimentos comerciais fechadas e alguns funcionários em padarias e restaurantes. Os únicos que circulavam eram funcionários das lojas e motoboys, responsáveis por atender, durante os próximos 15 dias, 122 mil catanduvenses pelo serviço de delivery.

Na cidade, quem precisou sair nesta terça-feira precisou comprovar o motivo ao ser parado pelas equipes de fiscalização. Pelas regras, a circulação de pessoas e veículos em vias públicas está permitida apenas para aquisição de medicamentos; obtenção de atendimento ou socorro médico para pessoas ou animais; embarque e desembarque no terminal rodoviário, bem como para a entrada ou saída do município por outros meios de locomoção; atendimento de urgência ou necessidades inadiáveis próprias ou de terceiros; e prestação de serviços permitidos pelo decreto.

Para comprovar necessidade de circular por Catanduva, os moradores devem portar e exibir, quando requeridos pela fiscalização, além dos documentos pessoais de identificação e de comprovação de endereço residencial: nota fiscal da compra ou prescrição médica do medicamento adquirido ou a ser adquirido; carteira de trabalho, atestado de comparecimento a unidade de saúde ou imagem da passagem ou comprovação de destino ou origem intermunicipal.

O transporte público de Catanduva também foi suspenso, assim como cultos e missas. Aulas presenciais foram suspensas e podem acontecer somente de forma remota. Na cidade, segundo o decreto municipal, a venda de bebidas alcoólicas durante lockdown não pode ocorrer nem mesmo pelo delivery.

O decreto também prevê multa de R$ 5.294,38 para estabelecimentos comerciais, como supermercados e padarias, que desrespeitarem o decreto e atenderem presencialmente. Durante as restrições na cidade, os atendimentos nesses setores poderão ser feitos apenas no modelo delivery.

Regras do lockdown em Catanduva

  • Ônibus do transporte coletivo não circula, já o transporte coletivo intermunicipal e interestadual funciona mediante regras sanitárias;
  • Transportadoras podem funcionar;
  • Clubes, academias públicas e de condomínios não podem funcionar;
  • Missas e cultos não podem acontecer presencialmente;
  • Aulas presenciais foram suspensas e estão acontecendo apenas de forma remota;
  • Lojas de materiais de construção, tintas e construtoras não podem funcionar;
  • Profissionais do ramo de construções, como pintores e pedreiros não podem prestar o serviço;
  • Os postos de combustível podem atender;
  • Supermercados, hipermercados, mercearias, padarias, açougues e estabelecimentos de distribuição de água e gás podem atender apenas pelo delivery.

O que não pode durante o lockdown em Catanduva

    • Reunião, concentração ou permanência de pessoas em espaços públicos;
    • Venda de bebidas alcoólicas por qualquer estabelecimento comercial da cidade, nem pelo delivery;
    • Atividades esportivas coletivas;
    • Eventos em chácaras, residências e sítios;
    • Fazer caminhadas em espaços públicos está proibido. Já em espaços privados a recomendação é que também não seja realizado.