Unidos contra o greening. Esse é o tema de campanha promovida pela Prefeitura de Tabapuã (SP), em parceria com o Grupo Junqueira Rodas e Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), que tem início nesta semana e vai até o final do mês de fevereiro.

Hoje, segundo a Fundecitrus, no Estado de São Paulo, 16,73% das laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro estão contaminados com o greening. Na microrregião de Rio Preto, a taxa vem aumentando – no ano passado foi de 5,49% contra 3,3% em 2016.

Durante a campanha, serão duas frentes de ação – uma educativa, com distribuição de material educativo e conscientização para a população dos moradores e produtores rurais e outra de erradicação dos pés de murta, também conhecida como dama da noite (Murraya paniculata), e laranja que estejam contaminados com a bactéria causadora do greening ou amarelão.

A doença é causada pelas bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus, sendo transmitidas para os pomares pelo psilídeo Diaphorina citri. A contaminação é capaz de dizimar um pomar inteiro.

Na primeira parte da campanha será distribuído o material educativo. Na sequência, com apoio de colaboradores da Junqueira Rodas, técnicos da Prefeitura e Fundecitrus, será feita uma varredura em toda a área urbana, bem como em pequenas propriedades na área rural, para substituição de pés de murta e laranja que estejam contaminados por mudas de plantas ornamentais, que serão doadas.

Segundo Rodrigo Rodas Lemo, gerente de produção agrícola da Junqueira Rodas, combater o greening é de suma importância para a citricultura. “É preciso um monitoramento rigoroso, tanto do inseto que transmite as bactérias como de plantas contaminadas, por isso a importância da campanha e ação associadas”, ressalta.

Unidos contra o greening

Há três anos, as fazendas do Grupo Junqueira Rodas adotou rígido controle fitossanitário contra o greening, de acordo com o Alerta Fitossanitário do Fundecitrus, viu a incidência da doença cair de 1,86%, em 2013, para 0,46%, em média, em 2015 em todas as fazendas do grupo, redução de 73%.

“Na Fazenda Água Milagrosa, como em todas as outras propriedades do grupo, o controle é rigoroso, seguimos rigidamente o pacote de medidas de controle para diminuir a contaminação”, frisa Sarita Rodas, presidente do grupo.

Semanalmente, a equipe faz avaliação das armadilhas amarelas, instaladas a cada 50 metros, no perímetro das fazendas. Se é encontrado um psilídeo na armadilha, ações de controle são desencadeadas com aplicações de defensivos e eliminação de árvores doentes.

O grupo também segue à risca os protocolos do Fundecitrus, enviando periodicamente informações sobre a população do inseto, com planos de ação em pontos críticos.

Com relação ao plantio, a Junqueira Rodas só utiliza mudas produzidas em viveiro próprio. 

Sobre o Grupo Junqueira Rodas

Fundado em 1968, o Grupo Junqueira Rodas, um dos maiores do agronegócio brasileiro, é produtor de laranja, cana-de-açúcar e gado Tabapuã. As operações são distribuídas em 13.271 hectares divididos em 12 propriedades no estado de São Paulo e uma no Mato Grosso do Sul.

Em quatro anos, foram investidos mais de R$ 123 milhões nas culturas e no gado, dobrando o faturamento anual nesse período.

A laranja é o principal produto da empresa, comercializada in natura para produção de suco. São 2.087.670 árvores plantadas em 4269 hectares; a safra recorde é de 4.300.000 caixas, registrada no ciclo 2017/2018. A produção de cana-de-açúcar chegou a 225.000 toneladas na última safra.

Os canaviais estão em 3.837 hectares do Grupo. A Fazenda Água Milagrosa, localizada na cidade de Tabapuã, comporta as 1.300 cabeças de gado Tabapuã. A raça genuinamente brasileira é utilizada para fertilização e melhoramento genético.